PROJETOS: Pesquisa e Extensão



Escolinhas do DEF: há uma década beneficiando o social
Saúde e lazer para todos: crianças, jovens e adultos

Há dez anos, no ano 2000, com a proposta de Inclusão Social, surgia a partir da iniciativa da professora Cidilene Gonzaga, com a participação de Anny Sionara Dantas, o projeto de extensão “Escolinhas do DEF”.  Hoje, em 2010, graças ao grande número de beneficiários e a necessidade de expansão, o que era um projeto apenas do departamento de Educação Física da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), recebe o título de “programa de extensão”, contando agora com a participação de vários cursos, que trabalham para dar continuidade à proposta inicial.
O que é o programa?
O programa de extensão “Escolinhas do DEF” atua no atendimento à crianças e adolescentes, matriculadas em redes públicas de ensino. Surgiu com a necessidade de tirar os jovens que pediam esmolas em frente aos departamentos do CCBS (Centro de Ciências  Biológicas e da Saúde)incentivando-os a fazer algo do seu tempo ócio. “Tivemos a ideia de pegar essas crianças e trazer para que pudessem praticar natação, futebol, tudo que podíamos oferecer para que fizessem. Desde então deu certo, tornando-se um projeto, que cresceu e hoje se transformou num programa.” É o que explica a atual coordenadora e idealizadora do programa, Anny Sionara.
De acordo com a professora Anny, antes, para que pudessem participar do projeto, eram necessários dois pré-requisitos: crianças a partir de 7 anos e que morassem nos bairros próximos à universidade, tais como Vila dos teimosos e Pedregal. Porém, com o crescimento do projeto e a transformação em programa, houve a necessidade de expandir e assim foram abertas vagas para os pais e tios, familiares que acompanhavam as crianças nas atividades, além dos jovens do PETI (programa de erradicação do trabalho infantil) vindos de famílias carentes e que, hoje, ao invés de trabalhar, fazem do esporte o meio para se manter longe dos crimes.
Atividades do Programa Escolinhas do DEF
O programa é desenvolvido a partir de práticas esportivas que atraem a atenção dos beneficiários. Essas atividades que compreendem a natação, tae kwon do, karatê, judô, dança, futebol de campo, futebol de salão, e musculação (para os familiares) são realizadas todas as terças e quintas-feiras, sendo dividido o horário no turno da manhã das 7:30h às 8:30h para as comunidades vizinhas e das 8:30 às 9:30 para os jovens do PETI e no turno da tarde das 13:30h às 14:30h e das 14:30 às 15:30 destinados ao PETI.
Os jovens apreciam as diversas atividades realizadas pelo programa e os meninos, em particular, mostram o grande interesse pelas modalidades de luta, como o estudante do primeiro ano do ensino médio, Ruan Michel, que diz gostar muito do tae kwon do e já participa há dois anos da modalidade.
Além de conquistarem as crianças, as atividades também conseguiram a aprovação dos pais, que em sua maioria participam da musculação, como a mãe Érika Soraia, que destaca a importância da atividade para a saúde(física e mental) de seu filho – Helder da Silva –, que além de emagrecer bastante desde que começou a lutar tae kwon do, passou a comunicar-se melhor. Outro papel fundamental, destacado por Érika, é que o programa é um meio de tirar as crianças da rua.
Contribuição Social
São inúmeras as contribuições sociais do programa, pois além de tirar as crianças da rua e do trabalho infantil, beneficiam-nas na questão de saúde. “Nesses dez anos temos um grande retorno, hoje já não vemos crianças pedindo esmolas aos arredores do CCBS, pois elas estão aqui, participando das atividades”, ressalta a professora Anny, que se diz apaixonada pelo programa e cada vez mais empolgada.
Além de beneficiar as famílias, o programa contribui também com a experiência dos estudantes voluntários, que aprendem com a realidade dos participantes e tem a oportunidade de estagiar nas diversas áreas escolares, como exemplifica a estudante bolsista do programa, Renalle Monize, estudante do 4º período do curso de Ed. Física.
É necessária ainda mais a participação de outros departamentos que compõem a Universidade Estadual da Paraíba, para que seja possível aumentar a extensão do programa, a fim de continuar com esse brilhante trabalho de inclusão social.




PROJETO DE EXTENSÃO: LABORATÓRIO ITINERANTE 
Departamento de Pedagogia promove projeto voltado para a Inclusão Social
Por Luanna Farias


Investigar com enfoque centrado na diversidade do território educacional inclusivo as relações de gênero, étnicas e de deficiência, a partir de olhares sócio – antropológicos, históricos, artístico, e literário, tecidos pela formação do docente. É com esse objetivo que o departamento e pedagogia da UEPB vem desenvolvendo um projeto comunitário das escolas públicas de Campina Grande.
Desenvolvido há quase dois anos o projeto visa verificar as formas como os saberes culturais, sócio-historicos e literatura podem refletir na produção de saberes quando da construção de relações de gênero e deficiência no cotidiano escolar. Além disso, a ação busca ainda identificar as praticas de exclusão, racistas e/ou sexistas versus inclusivas e equânimes, considerando o sentido de pertencimento nos territórios de produção de saber corporificado no cotidiano escolar. 

O projeto, executado em três escolas municipais, uma creche, além da Associação dos pais e amigos dos excepcionais (APAE), escolinha do Def. e do Instituto dos Cegos, não busca atender apenas aos alunos, mas os pais e professores também são atendidos em busca de resultados mais satisfatórios,


 Diversas ações são desenvolvidas dentro do projeto, o que culmina na melhor formação dos professores, tais como: Atividades culturais, esporte e lazer entre outras que contribuem com a integração de alunos portadores de deficiência com a sociedade.
Próximos passos
 De acordo com a coordenadora do projeto a profª Drª Lígia Pereira dos Santos, os próximos passos a serem seguidos é a elaboração de um documentário em hipermídia, no formato DVD, utilizando Libras, que identifique mecanismos de desigualdade de gênero, etnia e deficiência no território escolar, apresentando o debate da diversidade e diferença. 

Outra perspectiva futura é o lançamento de uma cartilha didática eletrônica, utilizando o Braille, para deficientes visuais e uma versão impressa para deficientes auditivos, com fins de discutir a diversidade étnica e de gênero.


Aprovado pelo Programa de Incentivo à pós graduação e pesquisa (PROPESQ / UEPB) e pelo CNPQ, o Projeto Diversidade nos Territórios da educação Inclusiva: Gênero, Etnia e Deficiências na formação do Docente é mais um dos diversos programas de extensão da universidade Estadual da Paraíba, que leva dignidade e cidadania para a sociedade além de integrá-los à comunidade acadêmica.




Projeto de  Extensão: Laboratório Itinerante



Sandra Barbosa Guedes

O laboratório Itinerante é um projeto de extensão da UEPB, coordenado pela professora Josefa Josete da Silva Santos, que tem como objetivo estimular alunos de diversos cursos a participarem de projetos de ações comunitários, como o Ação Global, além de vários outros projetos, promovidos tanto pela própria universidade, quanto em parceria com governo estadual, municipal e federal. Além disso, estimula a prática de tudo que os alunos aprendem em seus cursos.
Em geral participam do projeto os alunos dos cursos de Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, e Farmácia prestando serviços de saúde, Direito, que prestam orientações jurídicas, Química Industrial, ensinando a fabricar materiais de limpeza caseiros, entre outros. Além disso, são apresentadas peças teatrais, tratando de temas relevantes a população, como doenças sexualmente transmissíveis.


O projeto tem se mostrado tão eficaz, que recebe durante todo o ano bastantes solicitações para participar de vários projetos, tanto em bairros de Campina Grande, quanto em cidades circunvizinhas, como foi o caso do projeto Ação Global realizado em Queimadas em maio deste ano, em parceria com a prefeitura da cidade, a rede Globo de televisão,e SESI, o Laboratório Itinerante  realizou várias ações tanto na área social quanto de saúde.